Pato-de-cabeça-rosa
O pato-de-cabeça-rosa é uma espécie de ave anseriforme extinta, que vivia nas margens alagadas e pantanosas dos rios Ganges e Brahmaputra, na Índia e Bangladesh. A espécie foi descrita pela primeira vez em 1790 e desapareceu em1936.
O pato-de-cabeça-rosa tinha hábitos diurnos e passava a maior parte do seu tempo nadando em busca de alimento. A alimentação era onívora e baseava-se em moluscos, pequenos crustáceos e vegetação aquática. Embora preferisse a superfície, este pato era também capaz de realizar curtos mergulhos.
A época de reprodução tinha lugar entre Abril e Maio. Os patos-de-cabeça-rosa construíam ninhos circulares com quase dois metros de diâmetro, em zonas de vegetação densa perto da margem do rio. As posturas continham entre 5 a 10 ovos amarelados de formato esférico, com cerca de 4 centímetros de diâmetro.
Cotovia-da-ilha-stephen
A cotovia-da-ilha-stephen era uma ave passeriforme não voadora da família Acanthisittidae, que vivia exclusivamente na Ilha Stephen no Estreito de Cook, que separa as duas ilhas da Nova Zelândia. A espécie extinguiu-se em 1894. A ilha Stephen, com apenas 2,5km² de área, foi a distribuição geográfica mais reduzida registrada para uma espécie de ave.
A cotovia-da-ilha-stephen era uma ave de pequeno porte, com cerca de 10 cm de comprimento. A sua plumagem era de cor verde-azeitona, salpicada de pontos amarelados no corpo e riscas da mesma cor nas asas. O vago dimorfismo sexual da espécie manifestava-se pelo fato de as fêmeas serem de cor mais baças. O bico curto e as patas altas eram castanho-claro. As asas tinham cerca de 4,5 cm de comprimento e demasiado reduzidas para permitir o voo. A cotovia-da-ilha-stephen era o único membro da ordem Passeriformes que não conseguia voar.
Pouco se sabe a respeito dos seus hábitos para além de que era um animal crepuscular, mas a sua trágica extinção está bem documentada.
Pombo-passageiro
O pombo-passageiro foi provavelmente a ave mais abundante no planeta. Estima-se que tenham chegado a existir mais de 5 bilhões (5x109) de indivíduos nos Estados Unidos. Viviam em enormes bandos, sendo que o maior chegou a ter 1,6 quilômetros de largura e 500 quilômetros de comprimento, com cerca de 2 bilhões (2x109) de aves. Para que este gigantesco bando atravessasse uma região, eram necessários vários dias.
Durante o verão, o pombo-passageiro vivia espalhado pela América do Norte, a leste das Montanhas Rochosas. No inverno, migravam para o sul dos EUA.
Caçados maciçamente para servirem para a alimentação humana e animal, já apresentavam um sensível decréscimo no seu número em meados do século XIX. Como punham apenas um ovo de cada vez, o período necessário para a recuperação da espécie seria longo, mas a matança continuou antes que isso pudesse ocorrer. Estima-se que quase todos os animais do último bando existente (cerca de 250 mil exemplares) foram mortos num único dia de caçada em 1896. O último exemplar selvagem foi morto em Ohio, em 1900.
O último exemplar em cativeiro, uma fêmea chamada Martha, morreu no Jardim Zoológico de Cincinnatia 1 de setembro de 1914. O corpo da ave foi congelado e encaminhado ao Instituto Smithsoniano para ser taxidermizado e exibido ao público.
Arau-gigante
O arau-gigante ou pega-gigante (Pinguinus impennis, anteriormente Alca impennis) é uma espécie de ave, classificada na ordem Ciconiiformes (anteriormente Charadriiformes), extinta no século XIX, extinta em 1852 devido a caça excessiva. O arau-gigante era um alcídeo não voador que habitava ilhas do Atlântico Norte, nas costas do Canadá, Groenlândia, Islândia, Noruega, Irlanda e Grã-Bretanha. Há evidências que algumas populações tenham, pelo menos, visitado a costa da Flórida, nos Estados Unidos da América.
O nome genérico, Pinguinus, tem origem no galês pen gwyn, o seu nome comum nas Ilhas Britânicas, que significa cabeça branca. Quando os pingüins foram descobertos, no início das explorações do Hemisfério Sul, os navegadores notaram a sua semelhança de aspecto geral e modo de vida com o arau-gigante e deram-lhes o mesmo nome. Não há, no entanto, nenhuma ligação filogenética entre araus e pingüins, exceto que são ambas aves ciconiformes.
Tilacino
O tilacino (Thylacinus cynocephalus), comumente conhecido como lobo-da-tasmânia ou tigre-da-tasmânia, foi o maior marsupial carnívoro dos tempos modernos. Nativo da Austrália e Nova Guiné acreditam-se que se tornou extinto no século XX. Foi o último membro de seu gênero, Thylacinus, ainda que diversas espécies relacionadas tenham sido encontradas em registros de fósseis datando desde ao início do Mioceno.
Os tilacinos foram extintos da Austrália continental milhares de anos antes da colonização européia do continente, mas sobreviveram na ilha da Tasmânia junto com diversas espécies endêmicas, incluindo o diabo-da-tasmânia. A caça intensiva encorajada por recompensas por os considerarem uma ameaça aos rebanhos é geralmente culpada por sua extinção, mas outros fatores que contribuíram podem ter sido doenças, a introdução de cães, dingos e a intrusão humana em seu habitat. O último registro visual conhecido ocorreu em 1932 e o último exemplar morreu no Zoológico de Hobart em 7 de Setembro de 1936. Apesar de ser oficialmente classificado como extinto, relatos de encontros ainda são reportados.
Como os tigres e lobos do hemisfério norte, dos quais herdou dois de seus nomes comuns, o tilacino era o predador-alfa da cadeia alimentar. Como um marsupial, não era relacionado a estes mamíferos placentários, mas devido à convergência evolutiva, ele demonstrava as mesmas formas gerais e adaptações. Seu parente mais próximo é o diabo-da-tasmânia.
O tilacino era um dos dois únicos marsupiais a terem um marsúpio em ambos os sexos (o outro é a cuíca-d'água). O macho tinha uma bolsa que agia como um revestimento protetor, protegendo os órgãos externos do animal enquanto este corria através de mata fechada.
Urso-do-atlas
O urso-do-atlas (Ursus arctos crowtheri) era uma subespécie do urso-pardo, mas há quem também os considere espécies distintas (Ursus crowtheri). Este urso era nativo do norte de África. Habitava as Montanhas do Atlas, desde Marrocos até à Líbia, mas agora pensa-se estar extinto. Milhares destes ursos foram caçados pelos romanos, para eles lutarem com os seus gladiadores nas arenas. O último espécime vivo foi provavelmente morto por caçadores por volta de 1870 no norte do Marrocos.